Nos posts anteriores, eu me ative a falar da parte triste e difícil de ser um morador de rua. Em minha entrevista com Seu Vanderlei, ele falou da casa das meninas que ele cuida, que tinha sido invadida. Falou de alguns abusos sofridos, principalmente por parte de policiais e fiscais da prefeitura. No entanto, nem sempre quem parece ser somente abusado deixa de abusar.
Para explicar melhor, outro dia, naquela mesma rua, a Ulhoa Cintra, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte, ouvi uma história diferente sobre Seu Vanderlei. Fui perguntar se a relação dele com o público da rua era tranquila e descobri alguns novos fatos. Segundo o dono de um escritório de contabilidade, Felipe Drummond, esse mesmo Vanderlei que se diz abusado por parte de fiscais da prefeitura e policiais, comete alguns abusos. Não só abusos simplesmente, mas crime. Felipe afirma que Seu Vanderlei está abusando de algumas meninas. “Ele está aliciando meninas, de uns 14 ou 15 anos, e transando com elas aqui na rua. E em plena luz do dia”, afirma. Ele ainda disse não ser o único a ter visto o fato. Uma mulher que trabalha no único prédio comercial da rua, que tem apenas um quarteirão, também teria visto o ocorrido. Fui até o prédio para procurar essa mulher, mas, como Felipe não soube dizer em qual andar ela trabalhava, o porteiro Gilvan da Costa também não soube dizer quem era ela. No entanto, ele afirmou também já ter ouvido sobre o ocorrido. “Já ouvi algumas pessoas comentando aqui. E, realmente, ele aparece com umas meninas novinhas na rua. Mas o ato em si, eu nunca vi não”, pondera.
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